Truques que utilizo para gravar vídeos

Recentemente disse-te que gravar vídeos não é algo natural para mim e hoje resolvi falar-te sobre este tema!

Deixa-me, deste já, dizer-te que, independentemente, da desculpa que dês a ti mesma para não o fazeres, algum dia vais ter de dar esse passo em frente.

Sei bem o que é dar desculpas, atrás de desculpas, para não fazer o que tem de ser feito. E não, não te estou só a falar de negócios! Eu sou perita em encontrar desculpas para não fazer aquilo que tem de ser feito, se isso me colocar fora da minha zona de conforto.

Mas também, posso garantir-te que, ao longo dos últimos anos, a minha zona de conforto evoluiu imenso. Talvez porque, nesta fase da vida e do negócio, o desconforto seja algo que não me limita. Estou confortável em estar desconfortável. E tu também devias estar!

Marca pessoal estratégica

As minhas melhores desculpas para não gravar vídeos

Vou começar por te contar algo que poucas pessoas sabem. Eu adoro ensinar. E durante muito tempo, fiz lives para o grupo de Facebook das Mulheres à Obra. No entanto, gravar vídeos é algo que me dava urticária! Ainda hoje prefiro mil vezes entrar em live com o “que se foda” ligado, do que gravar um vídeo.

Por isso, podes perceber o quão desafiante foi para mim, gravar A (R)evolução dos Stories, um curso totalmente gravado sobre este tema.

Aquilo que poucas pessoas sabem é que comecei a desenhar o curso de stories em 2020, ainda no meio da pandemia. Sabes porque é que ele só saiu do papel no fim de 2024? Porque inventei mil e uma desculpas para não ter de o gravar.

Vou contar-te algumas:

  • Preciso de um iPhone para poder gravar as aulas (dizia a pessoa que tinha um telefone topo de gama da Samsung)
  • Oh agora estou muito gorda, então é melhor perder peso antes de começar a gravar, para ficar mais bonita (dito pela pessoa que não parava de comer doces e fast food e não levantava o cu da cadeira para treinar)
  • Esta não é a melhor altura, preciso de ter mais autoridade (dizia a pessoa que estudava, estudava, estudava, mas que não conseguia ultrapassar o sentimento de que não era boa o suficiente)
  • Tenho de meter o aparelho primeiro porque esta falha no dente dá-me ansiedade e faz com que não me sinta bem comigo mesma (dizia a pessoa que tem pânico de dentistas)
  • Não tenho equipamento para gravar com qualidade (mais uma piada vinda da pessoa que tem um iPhone 14)

Estas são só algumas, das muitas, desculpas que usei ao longo dos anos. E acredita quando te digo que não foram só utilizadas para não gravar o curso. Foram utilizadas para tudo o que envolvesse vídeo.

Bati no fundo do poço no Marketing Masters… e depois liguei o foda-se!

Em maio de 2024, liguei o foda-se! Depois do Marketing Masters e de me ter sentido completamente deslocada no jantar do evento, resolvi que as coisas iam mudar. Resolvi que em 2025, quando voltasse a ir ao evento, não me ia esconder atrás de pessoas mais conhecidas que eu e ia fazer com que me conhecem no evento!

As pessoas iam saber quem era a Filipa!

E não, não quero ser famosa, nem nada do género. Mas tenho uma missão muito clara de guiar mulheres empreendedoras no caminho para o sucesso através de um negócio digital. E não dá para concluir esta missão se as pessoas não me conhecerem.

Eu sabia que o público da FindUp – empresários que procuram a contratação de serviços de marketing digital – não estava alinhado com aquilo que era o meu propósito. Então, com isto em mente, comecei a trabalhar a minha marca pessoal. Era a única forma de o fazer dar certo!

Hoje, eu trabalho diretamente com mulheres empreendedoras que têm, ou querem ter, um negócio 100% online. Tal como eu tenho!

Já toda a equipa da FindUp, trata – sob a minha alçada – da gestão de todos os nossos clientes. E é desta forma que alinhei 2 mundos!

Mas isto para te dizer que quando comecei a delinear a estratégia da minha marca pessoal, percebi que independentemente do meu desconforto, eu tinha de fazer duas coisas que não gostava: gravar vídeos e aparecer nos stories.

Então comecei a estudar mais sobre as duas coisas. Hoje falo-te da parte do vídeo e, quem sabe, numa próxima ocasião falo-te dos stories!

Continuo a não adorar gravar vídeos, mas fazemos o que tem de ser feito

Uma das primeiras coisas que decidi é que o curso de stories ia ver a luz do dia, fosse da maneira que fosse! Mais que não fosse para ter um infoproduto meu! E, para isso acontecer, eu tinha de ganhar prática a falar em frente às câmaras! E tratei de fazer isso mesmo. Passito a passito.

1 – Torna-te a tua melhor versão

Percebi, quando comecei a gravar os primeiros stories que, na maior parte das vezes, eu não gostava de me ver na tela porque parecia uma maltrapilha. Eu adorava (e ainda gosto) trabalhar na cama e estar de pijama ou de fato de treino o dia todo. Como trabalho em casa, torna-se prático!

Além disso, sempre defendi que a maneira como nos vestimos não tem nada a ver com a qualidade do trabalho que prestamos. E mantenho esta afirmação.

No entanto, como nos vestimos tem impacto na perceção que os outros têm sobre nós! Se eu aparecer nos stories de pijama e com a casa desarrumada, as pessoas vão inconscientemente avaliar a qualidade do meu trabalho por baixo.

No entanto, se me arranjar – e não é preciso parecer que vou a um evento de gala – a perceção que passo é completamente diferente.

Além disso, percebi com o passar do tempo, que tinha muito mais facilidade em gravar, se me sentisse bonita e se não estivesse de pijama ou fato de treino.

E a partir desse momento, comecei a vestir-me e arranjar-me, independentemente de estar, ou não, em casa a trabalhar.

Queres-te rir? Houve um dia que vesti um vestido de lantejoulas para trabalhar em casa, a meio da semana e sem nenhuma reunião agendada. Quando fui com o Miguel e cão à rua, as pessoas devem ter pensado que eu era louca: o Miguel de fato de treino e gorro e eu de lantejoulas a passear o cão!

2 – Aceita os teus defeitos e eles deixam de ter poder sobre ti

Há imensa coisa que mexe com a minha autoestima. Mas não te vou mentir ao dizer-te que há duas que mexem com mais frequência: o peso e a separação do dente.

Mas sabes que mais? Estou de pazes feitas com isso e estou a tratar de resolver ambos os desafios.

Aquilo que fiz foi gravar um vídeo para os stories e falar destes dois pontos:

  1. Expliquei que depois de ter deixado de fumar antes da pandemia, engordei 30kg em pouco mais de 1 ano. Sim, eu fumava para não comer e quando deixei de fumar… consegues imaginar, certo? Quando comecei a trabalhar para perder peso, veio a pandemia e a coisa descambou mais um bocadinho! Depois disso, acabei por dar a desculpa de que “tenho coisas mais importantes para fazer” ou a típica “não tenho tempo”! Neste momento faço exercício 3 a 4 vezes por semana de forma consistente (e às vezes até gravo em vídeo para me expor, e mostrar-te que se eu o consigo fazer, mesmo não me sentindo à vontade, tu também consegues).
  2. Contei que estava com um problema na gengiva e que por esse motivo os meus dentes tinham-se separado. No entanto, também passei a reparar em mais mulheres que tinham os dentes separado e isso fez-me pensar “não é por isso que elas não têm sucesso e não deixam de aparecer”.

Quando fiz as pazes com estes 2 pontos, eles deixaram de ter um super poder sobre mim. Ou melhor, deixaram de ser uma desculpa! Nessa altura já tinha percebido que eram 2 coisas que faziam com que as desculpas superassem a vontade de fazer acontecer.

3 – Sim, o equipamento é importante, mas não vais morrer se não tiveres um iPhone para gravar conteúdo

Lembro-me de ter dito ao Miguel que queria ter um iPhone porque era imprescindível para criar bom conteúdo e gravar vídeos!

No entanto, eu também sou a pessoa que comprou uma Bimby porque queria fazer manteiga (e em 6 anos nunca fiz manteiga nenhuma).

Ou seja, aquilo que eu queria era um motivo “válido” para trocar de telefone.

No entanto, o telefone que eu tinha era ótimo e não precisava de o ter trocado para começar a gravar vídeos.

Isto para te dizer que sim, ter um iPhone é ótimo para criar conteúdo para as redes sociais (e para gravar cursos – o meu curso de stories foi gravado com o telefone) mas não é essencial.

Começa com o que tens e depois evolui! Vais ver que só precisas de ganhar coragem para dar o primeiro passo!

4 – Há pequenos truques que podes utilizar

Por fim, há pequenos truques que podes utilizar para gravar vídeos sem te sentires completamente assoberbada.

  • Pega no telefone e grava vídeos. A ideia não é tanto partilhá-los, mas ambientares-te à tua imagem e tom de voz, e começares a encarar a câmara. Estes vídeos não precisam de ver a luz do dia… No entanto, se quiseres guardá-los para partilhar no futuro, vão ser sempre uma lembrança do percurso que já fizeste!
  • Cria um roteiro. Pessoalmente não gosto de o fazer porque sinto que fico presa ao que escrevi previamente e sinto-me mais confortável a falar tendo apenas uns pontos por onde me guiar. Mas nada como testares várias alternativas para perceberes o que funciona para ti.
  • Treina a voz e a postura. Fala em frente ao espelho, treina a postura e faz exercícios de projeção de voz. Vão ajudar-te imenso com a dicção.
  • Começa com vídeos curtos, com menos de 1 minuto. Mas se sentires que é mais difícil por estares sob pressão, experimenta falar sem contabilizar o tempo (principalmente se estiveres a começar e não fores partilhar o vídeo).
  • Vê e revê os vídeos que gravas. Desta forma consegues perceber quais os teus erros e as falhas que tens. Também é essencial para descobrires quais são as tuas muletas e os tiques. Sabê-lo vai-te ajudar a melhorar. No início eu não ouvia nada do que gravava. Pegava no telefone, gravava o vídeo e partilhava, sem ouvir nada. Depois a minha mãe ligava-me a enumerar todos os tiques e coisas que não fazia bem! Isso deu-me coragem para o fazer com mais frequência.
  • Inspira-te noutras empreendedoras e vai gravando coisas diferentes para perceber como te sentes mais à vontade.

Acredita quando te digo que é tudo uma questão de hábito!

5 – E há também alguns cuidados que são essenciais

Agora que já partilhei a parte mais holística de todo o processo de gravar vídeos, vou partilhar contigo alguns cuidados e dicas práticas que aprendi ao longo do tempo.

  • Define um objetivo para o vídeo. Vai-te ajudar a ser concisa na informação que partilhas.
  • Garante que o ambiente onde estás a gravar está arrumado e sem ruídos de fundo.
  • Se possível, utiliza um micro de lapela para garantir uma melhor qualidade do som (e diminuição do ruído de fundo).
  • Garante uma boa iluminação, e se for artificial, melhor. Deste modo garantes que a luz na tua cara é sempre uniforme (o que é essencial para gravar um curso, por exemplo).
  • Utiliza um tripé e ativa o estabilizador de imagem, assim garantes a qualidade do vídeo.
  • Sorri e mostra empatia, não há nada pior que fazer um vídeo com a cara trancada e super carrancuda.
  • Ahhh, pera, há uma coisa pior: não olhares para a câmara enquanto falas, gesticulares em demasia e falares num tom completamente monocórdico
  • Mantém o ritmo de fala. Não de parecer que estás a correr uma maratona ou que estás com vontade de dormir uma sestinha

Como vês, gravar vídeos não tem de ser a dor de cabeça que é atualmente. Pensa neles como mais uma ferramenta para alcançares os resultados que desejas, e no que vais estar a perder só por não ultrapassares esse desafio!

Tudo o que fiz ao longo destas linhas foi mostrar-te que é possível. Agora está nas tuas mãos! Mas gostava que me marcasses no Instagram depois de fazeres o teu primeiro vídeo depois de leres este texto. Combinado? Espero por ti!

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